É classificado como um romance adulto, não focando apenas nas questões políticas de Pagford e explorando com afinco as questões sociais: vícios da população, violência doméstica, homofobia, drogas, racismo, prostituição, corrupção, bullying e hipocrisia.
Ao longo da história é possível perceber que a morte de Fairbrother significa também a morte do altruísmo naquele lugar, o falecimento da esperança para a parcela da população que é pobre, mesmo que alguns personagens revelem que Barry Fairbrother não era tão santo.
Rowling foi capaz de criar personagens verossimilhantes, o que significa que ao ler o livro eu quase conseguia vê-los na minha frente.
Achei bacana o modo como a morte do membro do Conselho Distrital interferiu na vida de TODOS os moradores do vilarejo e a maneira como a autora demonstrou maestria interligando a vida de todos os personagens. O início da narrativa é um pouco arrastado, porém não significa que a autora deixa de abordar os temas citados anteriormente. Depois, iniciam-se as rixas e a narrativa se torna fluida.
Novamente pude perceber que J.K. Rowling não teve sorte ao publicar Harry Potter e sim, talento para exercer o ofício da escrita.
"Ela [Krystal] soluçava cada vez mais forte. Poderia ter contado para o Sr. Fairbrother. Ele conheceu a realidade da vida." (p.429)
"É estranho como a nossa cabeça pode saber o que o coração se recusa a aceitar." (p.515)
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